segunda-feira, 14 de abril de 2008

CPT - relato pessoal

Descrição

Na descrição nãosucessão de acontecimentos no tempo, de sorte que não haverá transformações de estado da pessoa, coisa ou ambiente que está sendo descrito diferentemente da narração, mas sim a apresentação pura e simples do estado do ser descrito em um determinado momento.

A descrição se caracteriza por ser o retrato de pessoas, objetos ou cenas. Para produzir o retrato de um ser, de um objeto ou de uma cena, podemos utilizar a linguagem não-verbal, como no caso das fotos, pinturas e gravuras, ou a linguagem verbal (oral ou escrita). A utilização de uma dessas linguagens não exclui necessariamente a outra: pense, por exemplo, nas fotos ou ilustrações com legendas, em que a linguagem verbal é utilizada como complemento da linguagem não-verbal. Pense também num anúncio de animal de estimação perdido em que, ao lado da descrição verbal, também seja apresentada, como complemento àquela informação, a sua foto.

A Descrição Verbal

A descrição verbal também trabalha com imagens, representadas por palavras devidamente organizadas em frases. Essas imagens podem ou não vir associadas a informações.

Pode-se entender a descrição como um tipo de texto em que, por meio da enumeração de detalhes e da relação de informações, dados e características, vai-se construindo a imagem verbal daquilo que se pretende descrever. Observe que, no texto de Arthur Nestrovski, o autor enumera elementos constantes do trabalho de Sebastião Salgado, associando a eles informações que não estão presentes na foto.

A descrição, entretanto, não se resume a uma enumeração pura e simples. Se assim fosse, a descrição de Arthur Nestrovski faz da foto de Sebastião Salgado nada nos esclareceria além daquilo da própria foto nos diz. É essencial revelar também traços distintivos, ou seja, aquilo que distingue o objeto descrito dos demais. Observe que, ao descrever a foto, o autor nos revela características que, talvez, não tivéssemos percebido quando a olhamos pela primeira vez, além das impressões que ela lhe causou.

Uma observação

Dificilmente você encontrará um texto exclusivamente descrito (isso ocorre em catálogos, manuais e demais textos instrucionais). O mais comum é haver trechos descritivos inseridos em textos narrativos e dissertativos. Em romances, por exemplo, que são textos narrativos por excelência, você pode perceber várias passagens descritivas, tanto de personagens como de ambientes.

O Ponto de Vista

O Ponto de vista é a posição que escolhemos para melhor observar o ser ou o objeto que vamos descrever. No entanto, nas descrições, além da posição física, é fundamental a atitude, ou seja, a predisposição psicológica que temos com relação àquilo que vamos descrever. o ponto de vista (físico e psicológico) que adotarmos acabará determinando os recursos expressivos (vocabulário, figuras, tipo de frase) que utilizaremos na descrição.
O ponto de vista físico vai determinar a ordem da apresentação dos detalhes, que devem ser apresentados progressivamente. Observe o que diz Othon M. Garcia, em sua obra Comunicação em prosa moderna p. 217:

Nunca é, por exemplo, boa norma apresentar todos os detalhes acumulados em um período. Deve-se, ao contrário, oferecê-los ao leitor pouco a pouco, verificando as partes focalizadas e associando-as ou interligando-as.

Na descrição de uma pessoa, por exemplo, podemos, inicialmente, passar uma visão geral e depois, aproximando-se dela, a visão dos detalhes: como são seus olhos, seu nariz, sua boca, seu sorriso, o que esse sorriso revela (inquietação, ironia, desprezo, desespero...), etc.

Na descrição de objetos, é importante que, além da imagem visual, sejam transmitidas ao leitor outras referências sensoriais, como as táteis (o objeto é liso ou áspero?), as auditivas (o som que ele emite é grave ou agudo?), as olfativas (o objeto exala algum cheiro?).

A descrição de paisagens (uma planície, uma praia, por exemplo) ou de ambientes (como uma sala, um escritório) -- as cenas -- também não devem se limitar a uma visão geral. É preciso ressaltar seus detalhes, e isso não é percebido apenas pela visão. Certamente, numa paisagem ou ambiente haverá ruídos, sensações térmicas, cheiros, que deverão ser transmitidos ao leitor, evitando que a descrição se transforme numa fria e pouco expressiva fotografia. Também poderão integrar a cena pessoas, vultos, animais ou coisas, que lhe dão vida. É, portanto, fundamental destocar esses elementos.

Ato de Descrever

Existem momentos e situações em que temos que transmitir uma imagemum lugar, uma pessoa, uma obra artística, para isso utilizamos a linguagem; essa atitude é chamada de descrição.

Ao fazermos uma descrição podemos explorar a linguagem não-verbal (foto, pinturas, etc.) e a linguagem verbal (oral e escrita).
Quando redigimos um texto com essa finalidade compomos um texto descritivo.
Através do texto descritivo apresentamos ao nosso interlocutor um ambiente, um objeto, um ser a partir de nosso ponto de vista, assim, ele estará impregnado de nossa postura pessoal.

A redação de um texto descritivo

Descrever é um processo no qual se empregam os sentidos para captar uma realidade e transportá-la para o texto.
A elaboração do texto requer domínio da modalidade escrita da língua e as finalidades a que o texto se propõe.

Elementos básicos de uma descrição:

- identificar os elementos;
- situar o elemento (lugar que ele ocupa no tempo e no espaço);
- qualificar o elemento dando-lhe características e apresentando um julgamento sobre ele.

A descrição pode ser apresentada sob duas formas:

- descrição objetiva: quando o objeto, ser, ambiente são apresentados como realmente são;
- descrição subjetiva: quando o objeto, ser, ambiente são transfigurados pela emoção de quem escreve.

Características gramaticais:

- verbos de ligação;
- frases e predicados nominais;
- verbos no presente e pretérito imperfeito do indicativo (predominantemente);
- adjetivos.

O texto descritivo, geralmente, é incorporado ao narrativo ou ao argumentativo.

Veja os exemplos a seguir:

"A bolacha-da-praia,
a estrela-do-mar e o
ouriço-do-mar são parentes.
A estrela-do-mar é carnívora. Com seus "pés", ela abre as conchas e se alimenta delas. Depois, ela permanece
até dez dias em jejum.
A
bolacha e a estrela ficam semi-enterradas no fundo
do mar; o ouriço é achado
em rochas."
(Folhinha de S. Paulo, 23/01/99)

Prima Julieta
Murilo Mendes


Prima Julieta, jovem viúva, aparecia de vez em quando na casa de meus pais ou na de minhas tias. O marido, que lhe deixara uma fortuna substancial, pertencia ao ramo rico da família Monteiro de Barros. Nós éramos do ramo pobre. Prima Julieta possuía uma casa no Rio e outra em Juiz de Fora. Morava em companhia de uma filha adotiva. E fora três vezes à Europa.
Prima Julieta irradiava um fascínio singular. Era a feminilidade em pessoa. Quando a conheci, sendo ainda garoto e sensibilíssimo ao charme feminino, teria ela uns trinta ou trinta e dois anos de idade.
Apenas pelo seu andar percebia-se que era uma deusa, diz Virgílio de outra mulher. Prima Julieta caminhava em ritmo lento, agitando a cabeça para trás, remando os belos braços brancos. A cabeleira loura incluía reflexos metálicos. Ancas poderosas. Os olhos de um verde azulado borboleteavam. A voz rouca e ácida, em dois planos; voz de pessoa da alta sociedade. Uma vez descobri admirado sua nuca, que naquele tempo chamavam de cangote, nome expressivo: pressupõe jugo e domínio. No caso somos nós, homens, a sofrer a canga. Descobri por intuição a beleza do cangote e do pescoço feminino, não querendo com isto dizer que subestimava outras regiões do universo.

MENDES, Murilo. A idade do serrote. Rio de Janeiro,
Sabiá, 1968. p. 88-9.

Carta

Inicialmente, é preciso destacar dois tipos básicos de carta. O primeiro é a correspondência oficial e comercial, que nos é enviada pelos poderes políticos ou por empresas privadas (comunicações de multas de trânsito, mudanças de endereço e telefone, propostas para renovar assinaturas de revistas, etc.). Este tipo de carta caracteriza-se por seguir modelos prontos, em que o remetente altera alguns dados. Apresentam uma linguagem padronizada (repare que elas são extremamente parecidas, começando geralmente por "Vimos por meio desta...") e normalmente são redigidas na linguagem formal culta. Nesse tipo de correspondência, mesmo que venha assinada por uma pessoa física, o emissor é uma pessoa jurídica (órgão público ou empresa privada), no caso, devidamente representada por um funcionário.

Outro tipo de correspondência é a carta pessoal, que utilizamos para estabelecer contato com amigos, parentes, namorado (a). Tais cartas, por serem mais informais que a correspondência oficial e comercial, não seguem modelos prontos, caracterizando-se pela linguagem coloquial. Nesse caso o remetente é a própria pessoa que assina a correspondência.

Embora você passa encontrar por livros que trazem "modelos" de cartas pessoais (principalmente "modelos de carta de amor"), fuja deles, pois tais "modelos" se caracterizam por uma linguagem artificial, surrada, repleta de expressões desgastadas, além de serem completamente ultrapassados.

Nãoregras fixas (nem modelos) para se escrever uma carta pessoal Afora a data, o nome (ou apelido) da pessoa a quem se destina e o nome (ou apelido) de quem a escreve, a forma de redação de uma carta pessoal é extremamente particular.
No processo de comunicação (e a correspondência é uma forma de comunicação entre pessoas), não se pode falar em linguagem correta, mas em linguagem adequada. não falamos com uma criança do mesmo modo que falamos com um adulto.

A linguagem que utilizamos quando discutimos um filme com os amigos é bastante diferente daquela a que recorremos quando vamos requerer vaga para um estágio ao diretor de uma empresa. Em síntese: a linguagem correta é a adequada ao assunto tratado (mais formal ou mais informal), à situação em que está sendo produzida, à relação entre emissor e destinatário (a linguagem que você utiliza com um amigo íntimo é bastante diferente da que utiliza com um parente distante ou mesmo com um estranho).

Na correspondência deve ocorrer exatamente a mesma coisa: a linguagem e o tratamento utilizados vão variar em função da intimidade dos correspondentes, bem como do assunto tratado. Uma carta a um parente distante comunicando um fato grave ocorrido com alguém da família apresentará uma linguagem mais formal. uma carta ao melhor amigo comunicando a aprovação no vestibular terá uma linguagem mais simples e descontraída, sem formalismos de qualquer espécie.

As Expressões Surradas

na produção de textos, devemos evitar frases feitas e expressões surradas (os chamados clichês), como "nos píncaros da glória", "silêncio sepulcral", "nos primórdios da humanidade", etc. Na carta, não é diferente. Fuja de expressões surradas que aparecerem em milhares de cartas, como "Escrevo-lhes estas mal traçadas linhas" ou "Espero que esta vá encontrá-lo gozando de saúde" (originais, não?)

A Coerência no Tratamento

Na carta formal, é necessário a coerência no tratamento. Se a iniciamos tratando o destinatário por tu, devemos manter esse tratamento até o fim, tomando todo o cuidado com pronome e formas verbais, que deverão ser de segunda pessoa: se, ti, contigo, tua, dize, não digas, etc. Caso comecemos a carta pelo tratamento você, devemos manter o tratamento em terceira pessoa até o fim: se, si, consigo, o, a, lhe, sua, diga, não digas, etc.
Nesse tipo de carta, são comuns os erros de uniformidade de tratamento como o que apresentamos abaixo:

Você deverá comparecer à reunião. Espero-te ansiosamente.
Não se esqueça de trazer tua agenda.

Observe que não há nenhuma uniformidade de tratamento: começa-se por você (terceira pessoa), depois passa-se para a segunda pessoa (te), volta-se à terceira (se), terminando com a segunda (tua).

Ainda com relação à uniformidade, fique atento ao emprego de pronomes de tratamento como Vossa Senhoria, Vossa Excelência, etc. Embora se refiram às pessoas com quem falamos, esses pronomes devem concordar na terceira pessoa. Veja:

Aguardo que Vossa Senhoria possa enviar-me ainda hoje os relatórios de sua autoria.
Vossa Excelência não precisa preocupar-se com seus auxiliares.

01. "Florzinha Singela, esses seus cabelos loiros enfeitiçaram vorazmente um coração sedento

e puro e sentimentos anteriores..."

O texto é um exemplo de carta:

a) familiar

b) amorosa

c) crítica

d) doutrinária

e) comercial

02. Correspondência amorosa da época do Barroco em Portugal:

a) Cartas de Mário de Andrade a Anita Mafaltti.

b) Cartas de Mariana Alcoforado a um padre português.

c) Carta de Álvares de Azevedo à sua irmã.

d) Carta de uma freira portuguesa a um oficial francês.

e) Carta de Padre Antonio Vieira a seu irmão.

03. Assinale a alternativa que contenha cartas doutrinárias de cunho político:

a) Epístolas de Machado de Assis a Eça de Queirós.

b) Epístolas de São Paulo aos Filipenses.

c) Algumas epístolas de Padre Antonio Vieira.

d) Epístolas de A lira dos vinte anos, de Álvares de Azevedo.

e) Epístolas antropofágicas de Oswald de Andrade.

Texto para as questões 04 e 05

(UNIDOESTE) Uma carta inédita a Drummond

Querido Carlos,

afetuoso abraço.

Leio nos jornais que você pediu demissão. Sem dúvida é uma pena para o Brasil, mas

você está correto. E outros dias virão.

Pessoalmente, não posso deixar de lhe agradecer tantas finezas que você me prestou,

sempre tão solicitamente, quando no exercício do cargo.

Confirmo meu telegrama de hoje, pedindo-lhe o favor de me representar no almoço de

sábado próximo, e de transmitir minha solidariedade à declaração de princípios do 1°

Congresso de Escritores.

Abandonei a colaboração n'A Manhã, se bem que estivesse gostando, pois me deva um

certo treino de escrever prosa, e além disso os 800 cruzeiros me eram necessários, nas

circunstâncias atuais de minha vida. Mas o governo excedeu-se, perdeu todo o controle,

divorciou-se por completo das aspirações populares, e esgotou o seu fraco conteúdo. De

qualquer forma, continuar os artigos seria uma espécie de colaboracionismo.

Como você sabe, continuo em regime de saúde, por isso não posso tomar parte

pessoalmente na campanha que se desenrola. Entretanto, estou bastante atento à mesma; por

isso - caso você julgue oportuno - poderá divulgar que eu estou solidarizado com a campanha

democrática, e absolutamente contra os métodos do governo. Se acharem interessante,

poderei escrever, mesmo sobre assunto político, pequenas crônicas e notas - desde que minha

saúde o permita.

Que coisa a morte do Mário, hein? Fiquei muito sentido, e, sabendo que vocês eram

muito amigos, é o caso de se apresentar pêsames a você.

Em que está o nosso livro? E o seu?

Então, querido Carlos, lembranças a Dolores e Maria Julieta.

O abraço amigo do

Murilo

P. S. Lembranças também ao João Cabral.

(Folha de S. Paulo, 11/05/91

1.

04. Com relação aos assuntos abordados pelo remetente, é correto afirmar que:

a) Carlos e Murilo são escritores; o primeiro escrevia para jornais e o segundo era funcionário público;

b) o destinatário tinha muitos amigos: Carlos, Maria Julieta, Dolores e Murilo;

c) o remetente lembra que a "morte do Mário" comoveu a todos, ma não mais a Carlos do que a ele;

d) o remetente está mais preocupado com a questão da demissão e com as causas que a provocaram;

e) n.d.a.

05. Com relação ao que está explícito no texto, é incorreto afirmar que:

a) o destinatário, Carlos, pediu demissão, mas tinha toda razão em fazê-lo;

b) quando o remetente lembra que "outros dias virão", mostra que estava próximo o novo emprego;

c) Carlos, durante o exercício do cargo, muito auxiliou ao remetente, atendendo suas solicitações;

d) o remetente, mesmo doente, propõe-se a escrever sobre assuntos que não lhe eram habituais para

demonstrar simpatia pela campanha democrática;

e) durante o 1° Congresso de Escritores seria redigida a declaração de princípios.

Texto para as questões 06 a 10

(UNIDOESTE) Uma carta inédita a Drummond

Querido Carlos,

afetuoso abraço.

Leio nos jornais que você pediu demissão. Sem dúvida é uma pena para o Brasil, mas

você está correto. E outros dias virão.

Pessoalmente, não posso deixar de lhe agradecer tantas finezas que você me prestou,

sempre tão solicitamente, quando no exercício do cargo.

Confirmo meu telegrama de hoje, pedindo-lhe o favor de me representar no almoço de

sábado próximo, e de transmitir minha solidariedade à declaração de princípios do 1°

Congresso de Escritores.

Abandonei a colaboração n'A Manhã, se bem que estivesse gostando, pois me deva um

certo treino de escrever prosa, e além disso os 800 cruzeiros me eram necessários, nas

circunstâncias atuais de minha vida. Mas o governo excedeu-se, perdeu todo o controle,

divorciou-se por completo das aspirações populares, e esgotou o seu fraco conteúdo. De

qualquer forma, continuar os artigos seria uma espécie de colaboracionismo.

Como você sabe, continuo em regime de saúde, por isso não posso tomar parte

pessoalmente na campanha que se desenrola. Entretanto, estou bastante atento à mesma; por

isso - caso você julgue oportuno - poderá divulgar que eu estou solidarizado com a campanha

democrática, e absolutamente contra os métodos do governo. Se acharem interessante,

poderei escrever, mesmo sobre assunto político, pequenas crônicas e notas - desde que minha

saúde o permita.

Que coisa a morte do Mário, hein? Fiquei muito sentido, e, sabendo que vocês eram

muito amigos, é o caso de se apresentar pêsames a você.

Em que está o nosso livro? E o seu?

Então, querido Carlos, lembranças a Dolores e Maria Julieta.

O abraço amigo do

Murilo

P. S. Lembranças também ao João Cabral.

(Folha de S. Paulo, 11/05/91)

06. Com relação aos elementos lingüísticos utilizados no texto, é correto afirmar que:

a) o advérbio tão, em "tão solicitamente", enfatiza a presteza e o empenho de Drummond no

atendimento ao amigo;

b) a oração intercalada "caso você julgue oportuno" tira de Murilo a responsabilidade de se envolver

mais profundamente com a campanha, porque estava doente;

c) a condicional "se acharem interessante" aponta para a insegurança de Murilo em escrever prosa, até

porque foi consagrado como poeta;

d) o termo destacado em "Lembranças também ao João Cabral" revela a necessidade de incluir João

Cabral entre as pessoas lembradas;

e) todas as alternativas estão corretas.

07. O parágrafo pode ser considerado um microtexto; dessa forma, deve conter introdução (tópico frasal),

desenvolvimento e conclusão.

Com base nesta afirmativa, releia o 4° parágrafo e identifique a alternativa correta em relação à sua

estrutura:

a) O tópico frasal inicia em "Abandonei" e se estende até "gostando".

b) O tópico frasal contém uma atitude concessiva justificada no desenvolvimento.

c) Na conclusão, fica explicitado seu desejo de não colaborar com as atitudes do governo, seja de

forma direta ou indireta.

d) Todas estão corretas.

e) n.d.a.

08. Identifique as justificativas incorretas com relação ao uso das conjunções e das locuções conjuntivas

no 4° parágrafo:

a) "se bem que" permite compreender que a atitude de abandonar o que fazia não se relaciona ao fato

de estar ou não gostando;

b) nas, em "nas circunstâncias atuais", introduz uma idéia de tempo;

c) o 2° parágrafo contém 4 orações que indicam as alternativas do leitor em relação às atitudes do

governo;

d) "pois" introduz justificativas que corroboram o gosto pelo que fazia e precisou abandonar;

e) "Mas" introduz uma idéia contrária ao "estava gostando" e precede os verdadeiros motivos pelos

quais abandonou o que fazia.

09. No 5° parágrafo, Murilo Mendes usa muitas condições e concessões para falar de sua doença e do seu

desejo de trabalhar. Com base nisto, identifique a alternativa cujo trecho contém, pelo menos, uma

condição ou concessão:

a) "Entretanto, estou bastante atento à mesma; por isso - caso você julgue oportuno - ..."

b) "Como você sabe, continuo em regime de saúde..."

c) "...continuo em regime de saúde, por isso não posso tomar parte pessoalmente na campanha que se

desenrola."

d) "...poderá divulgar que estou solidarizado com a campanha democrática, e absolutamente contra os

métodos do governo."

e) n.d.a.

10. Com relação ao texto, é correto afirmar que:

a) Trata-se de uma carta familiar, por isto percebem-se muitas informações, lembranças e

questionamentos colocados à proporção que vinham à lembrança do remetente.

b) O remetente pode se utilizar do post scriptum para acrescentar lembranças que não tenham

ocorrido em tempo.

c) Apesar da familiaridade da carta, não foram esquecidos o local, a data, o vocativo, a despedida e a

assinatura, necessários, inclusive nas cartas oficiais.

d) A intimidade entre remetente e destinatário permite a elaboração de um texto cuja profunda

compreensão obriga o leitor a recorrer a muitos elementos localizados fora do texto.

e) todas as alternativas estão corretas.

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